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segunda-feira, dezembro 19, 2011

O Natal Dos Nossos Sonhos.

 


Olá amigos:

Não é fácil passar um Natal sem pensar nos menos favorecidos

Estou cá pensando tristemente. Como deve ser terrível e sofrido para um pai de família desempregado, que não tem 13 salário, que não recebe pelo menos um panetone do seu chefe, ou uma cesta de Natal, ou que não tem um centavo sequer para comprar pelo menos um  presente para  seu filho. Eu sei que existem milhares deles no meu Brasil. Mas de uma coisa tenho certeza, mesmo não estando empregado, ele vai dar um jeito. Meu povo é guerreiro! Um frango, arroz e farofa, será a sua ceia. E tem aquele mais lutador, que Juntou madeira aqui e ali, cortou uma lata, pregou lá, torceu aqui e com toda sua nobreza, com muito amor, conseguiu fazer o seu  presente, adicionou  um barbante, ensinou o barulho do motor, e pronto, está feita a alegria do Natal. Resistir é necessário!

Este é o meu Brasil, onde pobres e ricos convivem e sofrem, sorriem e choram. Onde o Natal é alegria e tristeza, paz e revolta, amor e ódio, concretização de um sonho ou decepção. Natal de um Cristo entristecido.

Desculpem  a minha discordância, mas vocês me entendem. Sabem muito bem sobre o  que estou falando. No meu Natal talvez exista o resto da inocência perdida de uma foto com Papai Noel. Natal é mais que tudo isso. É festejar num mundo diferente, onde as crianças podem ser crianças, protegidas de verdade, estão na escola, seus pais, se necessário, são atendidos pelo Estado, todos têm emprego, casa decente e podem presentear e ter a alegria de conviver  numa ceia de Natal.

Ontem, por acaso, com meu filho, entrei em uma loja de brinquedos. Vi coisas maravilhosas, diferentes do meu tempo de criança. Mesmo assim, desde quando ainda menino, passei a acreditar no bom velhinho, sempre ganhei um presente. Lembro-me que ao lado do lindo presépio, todas as manhãs do dia 25 de dezembro, havia sempre um presente deixado pelo bom velhinho. O presente, por coincidência, era aquele pelo qual me encantara dias e dias, diante daquela vitrine natalina, maravilhosa, da loja do seu Camargo, em Penápolis.  Cresci vendo meus seis irmãos chegarem aos poucos. Mesmo assim o presépio continuou e os presentes nunca deixaram de chegar. Até hoje embora não me sinta bem no Natal, eu continuo a acreditar em Papai Noel. Converso com ele e sei quanto ele sofre por não poder atender centenas de milhares de crianças neste Brasil e mundo afora. Milhares de sonhos que se desfazem no dia 25 de Dezembro. Pior, a distância aumenta e a realidade se apresenta com suas garras diabólicas, e o meu Deus chora. Em cada lagrima derramada de cada criança existe um átomo da incompreensão humana.

Não verei certamente o Brasil dos meus sonhos, embora limitadamente tenha lutado para que fosse diferente, com um Natal mais alegre.  Olho em volta e não ouço respostas; somente as ouço nos que me cercam; são a inspiração para a luta. Talvez nos mais jovens, impetuosos um dia, indiferentes quando adultos. Muitos estiveram ao meu lado nas lides diárias pelos mais pobres, hoje estão adormecidos. Meus jovens alunos, brilhantes, idealistas, quantos se firmaram nesta luta? De tudo, o que restou? Em mim, a mesma revolta, se não posso reunir a comunidade, debater com eles, preparar o bom combate, faço-o aqui, nestas páginas, esperando inspirar alguém a fazer da vida um campo de batalha donde possa brotar a seiva que transforma e liberta. Obrigado pelos que acreditaram nas minhas palavras, nas minhas convicções, nas nossas crianças merecedoras de crescer e prosperar. Obrigado a esse grupo maravilhoso que visitou estas páginas. Spartanos valorosos. Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, com milhares de cartões vermelhos para o Trabalho Infantil. Que a graça de Deus desça sobre o coração de cada um!

sexta-feira, dezembro 09, 2011

O que Dizem as Leis e o Que Diz a Realidade



PRIORIDADE ABSOLUTA
A caminhada.  Um olhar para o futuro, prevalência de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, a fim de lhe facultar o pleno desenvolvimento.


DIREITO À VIDA E À SAÚDE
A Descoberta: 0 futuro promissor é um sonho que passa pela necessidade de sobrevivência e que coloca em segundo plano o  dever da família, da comunidade, da sociedade e do Poder  Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos


DIREITO À EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
Direitos referentes à vida,à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. De tudo, apenas um sombrio sonhar. Sequer pensar numa felicidade que não posso ter.


DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
Quando os Direitos escapam e o futuro se concretiza, só resta uma afirmação:- Se Deus olhasse o meu estado na certa compreenderia o meu olhar desesperado, pois é muito triste não se ter direito nem de viver.


DIREITO A CONVIVÊNCIA FAMILIAR COM DIGNIDADE
No fim da caminhada, a perpetuação da miséria. Esta é a história de milhares de crianças que serão adolescentes e que não terão a oportunidade de escolha em ser um adulto saudável. Tudo isto porque vivemos numa democracia e aguardamos a chegada do Natal para vivenciar o cristianismo na sua essência maior: O amor ao próximo. Não podemos aceitar em sua forma definitiva que o mundo é onde mora felicidade, isso é uma falácia. É doloroso, mas milhares de sonhos modestos e banais   jamais foram concretizados. Mesmo assim é preciso lutar e acreditar que podemos ter um mundo mais justo. Como? Que os Prefeitos de cada município deste Brasil estabeleçam  o seguinte Lema: " Neste Município, Criança não Trabalha" e façam  realizar um plano municipal simplesmente para fazer cumprir as leis que garantam os direitos das crianças e adolescentes.



Trechos da letra Caprichos do Destino - Orlando Silva. 1935
O.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

A Imagem Fala Mais Que as Palavras


A violência é uma realidade de nossos tempos que, infelizmente, envolve  nossos jovens. Está presente em nossa sociedade e nos noticiários. Está nas ruas, nas estradas, e nas escolas. Ela se manifesta de diversas formas. No ato da exploração do homem pelo homem e da criança pelo adulto. Na ação do jovem contra o professor. Ou da escola contra o jovem e a criança. A violência é a descaracterização do ser que relega o direito do outro. É o desconhecer-se da racionalidade. Para alguns é o produto de um modelo adquirido desde  tenra infância.  A repetição. O lado perverso da repetição, já que como o cubo, tem faces múltiplas. E você, o que acha disto tudo? É verdade que as imagens falam mais que palavras?

sexta-feira, dezembro 02, 2011

A Exploração sexual e o Tráfico de Crianças é o que Existe de Pior na Sociedade.


Olá amigos:

A Exploração Sexual da criança e adolescente é crime.

É a mais violenta das piores formas de trabalho Infantil que hoje conhecemos porque colocam fim à vida e ao sonho de crescer de nossas  crianças. Podemos dizer que são infâncias abortadas,que irão se transformar em adultos machucados psicológicamente.

As vitimas são bastante conhecidas de todos nós, educadores sociais. Neste mundo existem meninos e meninas, negras e pardos. São de baixa classe social e baixo nível educacional, oriundos da periferia urbana. Quando traficadas a idade prevalente é a de 16 e 17 anos, sendo maioria meninas.

É a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo. O tráfico de pessoas arrecada anualmente cerca de 32 bilhões de dólares segundo a Organização Internacional de Migração – OIM. Cerca de 4 milhões de mulheres e meninas são vendidas a cada ano para serem submetidas à escravidão e à prostituição.

Apenas em 2002, afirma um estudo da UNICEF, 1.3 milhões de crianças foram traficadas internacionalmente com fins de exploração sexual. Na América Latina, dados recentes, mostram que 2 milhões de meninas, meninos e adolescentes foram vitimas da exploração sexual comercial e laboral.

As causas principais são a existência e o crescimento das redes do crime organizado; a violência familiar; as situações de exclusão social e a insuficiência de ações legais, de controle e atenção ao problema, entre outros fatores.

É necessário reforçar as estratégias de intervenção para inibir esta situação, entre elas o reforço da escolarização das crianças, incremento à complementação da renda familiar, sensibilização do empresariado, desenvolvimento de campanhas, mobilização da sociedade civil e fortalecimento das instituições de direitos.

Pensar em ações conjuntas que envolvam os Ministérios de Ação Social, Justiça, Turismo, Esporte, Educação, Saúde, Alfândegas, Imigração, Plicias. Magistrado, Promotores públicos, Procuradores do Ministério Público.

Reflexão

A sensação que temos é de impotência, diante dos números apresentados. Mas não podemos nos acomodar aceitando estes fatos.  É preciso vencer o mal. Não é este o mundo que queremos deixar para as crianças de hoje, ou para aquelas que ainda nascerão.  É preciso reafirmar sempre este pensamento, todos os dias.

É preciso colocar a miséria do próximo no nosso próprio coração.  É preciso continuarmos nos indignando dia a dia. Esta é a força que nos moverá sempre. Em busca do amor. O que vimos neste texto é a oposição ao amor. Que nos remete ao ódio.  Mas o oposto do amor não é o ódio é a indiferença. Ela é a causa maior e final de tudo que expressamos no texto acima.


segunda-feira, novembro 21, 2011

Trabalho Oculto. Hora de Ficar Atento e Aguçar a Observação.


Olá amigos:
Que tal falarmos do trabalho infantil que é feito entre quatro paredes, aquele chamado de oculto.


   O trabalho Infantil oculto ocorre quando uma criança ou adolescente, com idade inferior a 16 anos, é empregada em residências para executar as tarefas domésticas. É o que, das piores formas, segundo a Organização Internacional do Trabalho, denomina-se como Trabalho Infantil Doméstico.  Este tipo de trabalho se caracteriza quando a criança executa  tarefas, como: cuidar de crianças, cozinhar, lavar louça, arrumar a casa, passar roupa, tomar conta de uma pessoa doente, substituir a mãe ou a patroa ou não ter  tempo para estudar (frequentar a escola, e tempo para as tarefas), No Brasil. a criança que trabalha como doméstica, pertence ás classes sociais menos favorecidas, sendo discriminada em função da raça e do gênero ( a grande maioria são meninas e negras). Nós brasileiros nos envergonhamos quando vemos o ranking de países da América Latina no que se refere ao  Trabalho Infantil Doméstico. Somos o terceiro país da América Latina, que mais explora  este tipo de Trabalho Infantil. Só perdemos para o Haiti e a Nicarágua. Dá para aguentar? 


   Hoje, quase 500 mil crianças (segundo o PNAD 2009),  entre 5 e 16 anos trabalham em residências. Mais da metade não tem carteira assinada, nem remuneração, com direito apenas a casa e comida como pagamento pela execução das tarefas domésticas. Quanto mais jovem, menor o salário. É ou não, uma triste realidade? Ah, e o que falar dos mitos? Você acredita que o trabalho doméstico ajuda na formação de crianças e adolescentes? Que o trabalho doméstico é bom porque retira as crianças pobres das ruas, evitando que se marginalizem ou sofram violência? Tudo uma mentira deslavada. Mas é o que dizem aqueles que exploram as crianças e adolescentes.Pior ainda, são aqueles que  mentem descaradamente e adormecem a sua consciência, afirmando, que se não fosse a sua ajuda, a criança estaria naquela vida roceira, sem a oportunidade de  ser alguém na vida.  É preciso ter discernimento  para separar o que é educação e o que é trabalho Infantil. Existe um limiar que os separa. Deixemos este tema para uma próxima edição. 
   O trabalho Infantil doméstico é mal terrível. Imagine que você possa adentrar um lar sem ser visto.  Logo vai ver aquela frágil menina, quieta e triste sem o direito de sentar à mesa e participar de uma refeição. Vai perceber que só irá para sua cama se deixar tudo limpo, restos guardados, depois de jantar sozinha. Será a primeira a levantar, para preparar o café da manhã. Brincar, nem pensar!.  Esse é o preço a pagar pela miséria de quem perde o vinculo familiar. Ser um adulto criança. É possível que você veja os perigos que a rodeiam, ameaças, abusos ou violência da pior espécie. Só lhe resta pensar: o que sobra disto tudo. Quando veremos neste mundo imundo, crianças, hoje domésticas, com seus Direitos respeitados?       
  
   Neste suposto fim de linha, um aviso: por ser oculto, o trabalho infantil doméstico tem dois caminhos para ser desfeito: a percepção do professor em sala de aula com sua observação aguçada, capaz de descobrir na tristeza da criança, o seu sofrimento como trabalhador precoce e o outro, utilizando o Disk Denúncia: 0800 11 16 16 
   Ao encerrar este texto, um grito: vamos nessa meu caro amigo, numa boa, mobilizando a sociedade e explicando que não é desta forma que se faz da criança um adulto saudável!. Até a próxima!.


Agradecer a foto da minha querida amiga Iolanda Huzack.

sábado, novembro 12, 2011

O Trabalho é a Nossa Sobrevivência se Respeitada a Legislação.


Olá, amigos:
Definições reais do que significa o trabalho se justificam para os adultos. Jamais para crianças.


Carlos Fidelis, mais que um pensador, deixou inscrito nos anais das honrarias a sua frase que define o trabalho como quase celestial: “ Em vazios abismais fincam estacas, alçam pontes sobre vãos, arte em forma de viadutos, beleza moderna de rodovias, túneis furam rochas. Homem, imagem e semelhança de Deus, cria, recria, constrói”. Mais prático,  o filosofo Voltaire o definia como um produto necessário a sobrevivência: “O Trabalho afasta de nós três grande males: o tédio, o vício e a necessidade” e finalmente para coroar,  Menandro: “Aquele que dedicadamente trabalha jamais desespera, pois todas as coisas são conseguidas com esforço” Na verdade, são pensamentos que estimulam o  valor do Trabalho. Frases verdadeiras, se vistas à luz de um mundo civilizado, em que todos se respeitam. Também são utilizadas  para justificar o contraditório, a face negra  do trabalho, como a noite escura, tenebrosa, silenciosa. sem réstia de luz, que faz tremer a criança.

Eu sou um trabalhador e tenho claro o seu significado. No exercício do mesmo, deparei-me com situações que me fizeram enrubescer, tanto pela mediocridade, maldade e a paixão pelo poder. Delas tirei o meu aprendizado e, o que é mais interessante,  continuo aprendendo. Nas entre linhas, sem perceber, as pessoas ainda nos machucam, porque no mundo, como diria Cervantes: "no lo creo em brujas, pero que las hay, las hay"  Deixa para lá, estamos vacinados. Quanto ao caminho percorrido, na soma, foi maravilhoso. Chego aos 70 realizado e ainda idealista. Sempre vi o trabalho como oportunidade para mudar o meu mundo, o que sempre sonhei. Com respeito e muito reconhecimento construímos maravilhas. Construímos porque nunca trabalhei só. Com o meu trabalho e de outros tão dedicados e comprometidos fizemos mudanças importantes, principalmente para as nossas crianças. Dos trabalhos, todos foram importantes, porque elevaram a dignidade humana de muitos até então desvalorizados.  O trabalho é necessário, tem o seu valor, se executados de acordo a legislação e trato humano. Caso contrário, se torna um monstro, que engole crianças, trucida os adultos, gera desencantos e dor! É o caso do Trabalho Indecente, neste foco, o Infantil, em suas piores formas.  

O Trabalho Infantil quando não é educativo é sempre  contraditório,  porque  ceifa as oportunidades da criança e o do adolescente, ao longo de suas vidas. Em nenhuma situação ele se sustenta e jamais terá  a aprovação da sociedade, ou daquele que, humanista, sabe ser a  infância  um todo que precisa de proteção integral, atenção, e disponibilidade de ofertas para transformar a criança em um adulto saudável. A Infância é o nosso tesouro, vale mais que qualquer dinheiro do mundo possa pagar.  Mas muitos,  se escudam nas palavras bonitas, ou encontram justificativas falsas como:  “ dar trabalho para evitar um futuro malfeitor”, Malfeitores são os  que querem prejudicar nossos tesouros. Pior que até conseguem e  sabem o mal que causam. Verdadeiros hipócritas, raça de víboras, geração adultera, diria a eles "Cristo", que amava as crianças e as entendia como importantes.

O trabalho Infantil é perverso, é um lobo vestido e cordeiro. Produz males que não são percebidos pelos pais e a própria criança.  Se soubessem os responsáveis destes tesouros, que permitem seu filho trabalhar ou o patrão desonesto que os contrata, as seqüelas deixadas no corpo da criança,  na sua formação psíquica, no moral que  o incapacita, jamais ousariam tal atitude. Procurariam outras formas, jamais utilizar uma criança. Para você que está lendo este texto, uma pequena reflexão:  Uma criança  que começa a trabalhar com até sete anos, terá no máximo quatro anos de escolaridade. Insuficiente para fazer parte do mercado de trabalho. Está condenada a ser escória, refugo, nas calçadas deste Brasil. A pessoa que oferece oportunidade de trabalho à criança não permite que ela viva a sua infância, vital para o seu desenvolvimento. É um insensato, egoísta, doente, incapaz de pensar além do lucro. Não há perdão para quem condena uma criança, seu irmão e sua mãe a viver  toda uma vida de mendicância, lutando por um prato de comida, debaixo de um roto cobertor.

É por conta disto tudo, meu caro companheiro, que nos resta entrar nesta luta e unidos darmos o CARTÃO VERMEHO PARA O TRABALHO INFANTIL. Entre nesta luta. Se precisar eu lhe mando os cartões de bolso para você distribuir e aumentar o nosso time nesta luta. Meu e- mail: lara.dante@uol.com.br




segunda-feira, outubro 17, 2011

Enquanto Viajava, uma Reflexão.

Olá amigos:
O perigo da ingenuidade inverte resultados.


Muitas vezes somos ingênuos. Paulo Freire nos chama a atenção para esse perigo. Não percebemos o que é real ou o que está por trás das circunstâncias. Muitas vezes, até tomamos atitudes, tentando resultar uma solução e, ao contrário, fortalecemos o contraditório. Quando estava Diretor de Ensino, em Apiaí, SP, deparei com uma escola rural, no município de Ribeirão Branco, que tinha uma taxa de evasão altíssima. Verifiquei que o fato acontecia nos meses de Setembro e Outubro e as consequências eram graves, porque contribuíam para a perda do ano letivo por muitas crianças. Após estudos, com a ajuda de minha equipe pedagógica,resolvi utilizar um artifício, que a L.D.B. nos proporcionava. Organizar um calendário escolar agricola especial para aquela escola, de modo que o ano letivo terminasse no final de Setembro. Depois de uma reunião com professores e pais, a ação  foi estabelecida em consenso. De janeiro a Setembro,  sem férias escolares. De início ao fim, a ânsia da expectativa nos rondando. Ao final, uma vitória festejada. Os alunos tiveram bom aproveitamento escolar e não perderam o ano. No entanto, não sabíamos, que o real motivo da evasão, era na verdade o "trabalho infantil" na agricultura familiar, na colheita de batatas. Nosso foco era muito intenso na evasão, e era a nossa causa de luta  nos municípios da Diretoria de Apiaí. Todo nosso esforço era voltado para reverter tal situação. Depois de todo um esforço, conseguimos resultados relevantes. Utilizamos duas ferramentas: conscientização e  fortalecimento de um programa Federal (bolsa Escola). O programa repassava recursos para as famílias de baixa renda, cuja condicionante era manter a criança na escola. Nesse tempo, o trabalho infantil alcançava 10,5 milhões de crianças de 5 a 15 anos em todo Brasil. Com muito esforço, saímos de recordistas em evasão em todo o Estado, para uma Diretoria com baixo índice. Na essência, estávamos combatendo o Trabalho Infantil.


Reflexão final: é preciso aprofundar a causa  do problema, ver de todos os ângulos, senti-los, vivenciar, principalmente se for "social". É ver o que todo mundo está vendo e ver de forma diferente.


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segunda-feira, setembro 26, 2011

Conheça o Ranking da Exploração ou Abuso Sexual por Estado.


Olá, amigos!

“Sete crianças, a cada 100 mil habitantes, são exploradas ou abusadas sexualmente no Estado de São Paulo”

Crianças exploradas e abusadas sexualmente são as piores vítimas do trabalho infantil, as que mais danos sofrem. Não há palavras para justificar  tamanho mal. São danos que atingem o físico e o psicológico, áreas importantes para um pleno desenvolvimento. É quase um caminho sem volta se não houver uma intervenção rápida do poder público junto a vítima e a família. Sem a retirada e assistência plena à criança e a família, o risco é muito grande. Precisamos urgente de um programa em rede que envolva a saúde, a educação, a assistência e o trabalho e emprego. Enquanto isso não acontece, os nossos conselheiros tutelares e os gestores dos CREAS fazem o que podem para impedir que o desastre se concretize.

Há quem diga que 500 mil crianças, no Brasil, estão submetidas a exploração  ou abuso sexual.

O Rio Grande do Norte e o Distrito Federal ocupam o primeiro e segundo desonrosos lugares na estatística nacional de denuncia de exploração sexual. São 25,8 e 20,03 por grupo de  100 mil habitantes. São Paulo está em 25º lugar com 6,71, só perdendo para Minas Gerais (5,74) e Roraima (5,50). Mas por conta de ser o mais populoso ( 41,2 milhões de habitantes), temos o maior número de crianças.

Ranking
Estados com maior número de denuncias de  exploração sexual e abuso, por  grupo de 100 mil habitantes.

Conheça os números de cada Estado: Rio Grande do Norte 25,9; Distrito Federal 20,03; Amazonas 16,48; Rondonia 16,37; Mato Grosso do Sul 16,16; Bahia 15,55; Maranhão 14,92; Rio de Janeiro 14,69; Ceará 12,83; Espírito Santo 12,08; Piauí 11,87; Alagoas 11,62; Acre 11,24; Toacantins 10,77; Goiás 10,77; Pernambuco 10,67; Amapá 10,56; Pará  10,59; Rio Grande do Sul 9,26; Santa Catarina 9,24; Mato Grosso 8,83; Sergipe 8,71; Paraná 7,23; São Paulo 6,61 ; Minas Gerais 5,74 e Roraima 5,56.  

Todos os dias, o Disque Denuncia recebe pelo menos 418 casos de exploração e abuso sexual. No ano de 2010 foram mais de 100 mil atendimentos, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos. De acordo com as denuncias, 4.885 das 5.564 cidades do país tem registro de abuso sexual.

Fonte: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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quarta-feira, setembro 14, 2011

A Esperança se Renova na Força dos Jovens

OLÁ AMIGOS:
Conheça o trabalho de dois jovens universitários de Goiás


Foi muito legal  estar no MPT com os dois  estudantes de Direito, PAULO E NADIA, Universidade Federal, de Goiás Velho, terra da poetiza  Cora Coralina. Conheceram a Dra. Maria José Pereira do Valle, profissional exemplar. Atentos, ficaram  encantados diante da oportunidade de ver um procedimento de uma  negociação com a UNDIME para participarem da Campanha Nacional de combate ao Trabalho Infantil. Êxito total. Na conversação feita com Dra Maria José, os dois estudantes falaram de suas participações em um programa semelhante que conduziam no Centro Acadêmico, com mais outros estudantes sobre o tema em questão. Interessados, acertaram em levar para Goiás, 200 cartazes e 400 Folders para ajudar a  empoderar o plano municipal de Erradicação do Trabalho Infantil daquele município.. Depois, mais tarde, fora do MPT, meditei de quando era jovem, de uma luta que durou 11 anos. Idealista, inconformado com a pobreza, com os abusos de uma classe social que se aproveitava de pessoas fracas, frágeis, tímidas, ingênuas, folclóricas, sem escolaridade, descalças, doentes, subnutridas, sem residência decente, que pereciam na zona rural e nas periferias da cidade. Descamisados, que não eram aceitos nas escolas. Quanto aprendi com este grupo social naquele  longo trabalho de fé e política. Percebi que pobres amam e são éticos, respeitam e são educados. Ricos no conhecimento  e solidários. Onze anos juntos. Partilhar e compartilhar “viver pela terra” como os primeiros cristãos. Desafio de fé. Hoje me vejo neste dois jovens. Neles encontro a profundidade de dois corações convictos, da qual  se resultará alguma coisa. O caráter profundo destes, olha intuições e  instintos. O caráter profundo olha para   além das coisas, e se enfrentarem tempestade e nuvens, avançaram para uma região ensolarada do outro lado: saberão esperar pelo amanhã, que sempre traz o reverso da dor e da aparente derrota e fracasso. Quando Deus nos faz profundos, então pode dar-nos também suas verdades e segredos mais profundos e confiança para coisas maiores.  Quando um soldado romano era informado por seu dirigente de que se  insistisse em seguir determinada  expedição, provavelmente iria morrer, a resposta era : “É necessário que eu vá: não é necessário que eu viva”. É com esta coragem que estes dois jovens Paulo e Nadia farão a sua história por um mundo melhor. Orgulho em saber que são meus netos!

Comentem esta história real. 

sexta-feira, agosto 26, 2011

A Vitória da Erradicação vem Quando Multiplicamos a Indignação.

Olá amigos:
Vamos sentir as palavras do Dr. Gilson Delgado ...


Tenho exercido militância em defesa da causa da criança. Falo com as pessoas na rua, nos táxis, em reuniões para engrossar o contingente de pessoas indignadas. A reação das pessoas é um alento para a solução do problema. O desconhecimento é profundo mas a indignação é uma grande companheira. Difícil quem não pede mais de um cartão vermelho. De uma reunião brotam outras reuniões, até em Câmaras Municipais. Este exercício é muito importante porque nos torna um membro atuante e uma pessoa feliz e estimulada. Foi assim nas duas últimas semanas em Ibiúna, Sorocaba, Limeira e Sarapuí. Com outras dezenas de pessoas, no dia a dia, é ali, na bucha, corpo a corpo.  É Muito legal a experiência e a  recomendo a todos. Foi dessa forma que nasceu esta fala do Dr. Gilson Delgado.

Dr. Gilson, meu oncologista, dá o seu testemunho de indignação após ter-lhe eu dito que 90.000 crianças de 5 a 15 anos ainda trabalham no Estado de São Paulo e que somos o segundo Estado no Brasil em número de crianças exploradas sexualmente. Eis o seu desabafo solidário.

Pois é, Paulo, esses dois números são alarmantes para mim também. A gente lamenta e observa que sem um trabalho sério como este, ninguém poderia saber da sua real dimensão.
Me incomoda muito, a possibilidade de que as nossas crianças estejam sendo encaminhadas ou melhor desencaminhadas para uma situação tão lamentável, tão desagradável como esta.  O lugar de criança é na escola, todo mundo sabe disso, e a grande preocupação é que hoje os pais tiram as crianças da escola, muitas vezes por necessidades próprias da família, mas também, porque são ignorantes, são despreparadas.
 O problema do Trabalho Infantil me preocupa muito, quando você  falou os números do trabalho infantil e o número de crianças exploradas sexualmente, fiquei muito triste. Outro dia assisti a um filme real na televisão e eu fiquei muito preocupado, pois uma moça lá no Pará, disse que foi vendida por seu pai quando tinha treze anos de idade para a prostituição e as outras meninas que estavam naquela casa, na prostituição, achavam que a melhor solução era aquela mesma. Essa menina até se rebelou contra a situação e fugiu. E eu,  então, perguntei:- “Quantas meninas podem se rebelar ou não contra a situação, quantas meninas não são mortas por se rebelarem, quantas meninas são prostituídas também, ou são usadas por exploradores?”.

Nós sabemos que o desenvolvimento de uma pessoa não é só físico, mas é psicológico e espiritual simultaneamente. Não acontece separado, a gente não pode seccionar pessoas, elas são inteiras. Essa violência contra as crianças, provocada pelo Trabalho Infantil faz muito mal, essa violência da responsabilidade que tira o brincar, é onde ela aprende, essa violência de não saber se colocar no  mundo, essa violência de não saber ler e escrever, muitas vezes de não saber entender o que escreve, o abuso sexual, o abuso em outras dimensões, nos levam a afirmar que essas crianças foram perdidas na sua vida, na verdade foram truncadas no aspecto físico, todos subdesenvolvidos, o número de doenças nas crianças passa a ser maior, sem sombra de dúvida. O aspecto psicológico então, é insolúvel; a partir de então, são problemas que não se resolvem mais.
Ah, e os problemas espirituais! Ah, se a evolução das pessoas pudesse ser feita até espiritualmente, se a dimensão das pessoas pudesse ser feita até em nível espiritual, nós teríamos o tratamento da pessoa inteira,  no todo.  Ah, mas essas pessoas jamais terão a dignidade a não ser do próprio Deus. Os homens tiraram a dignidade das pessoas. É muito triste! 

domingo, agosto 14, 2011

Uma Contribuição Para Defender a Infância contra a Cegueira


Retinopatia da prematuridade
Cuidado com os olhinhos do seu bebê
Existe uma doença que não é muito conhecida pelos pais e precisa ser difundida: a retinopatia da prematuridade. Atinge principalmente os bebês prematuros ou com baixo peso ao nascimento (os bebês nascidos antes de 36 semanas e com peso abaixo de 1600 gramas são os mais propensos).
A retinopatia da prematuridade é o crescimento desorganizado dos vasos sangüíneos que suprem a retina (camada mais interna do globo dos olhos) do bebê. Esses vasos podem sangrar e, em casos mais sérios, a retina pode descolar e ocasionar a perda da visão da criança.
Isso acontece mais nos bebês prematuros pela imaturidade desses vasos sanguíneos. Os vasos terminam de se formar até o final da gestação e nos prematuros não estão totalmente formados. Mesmo crescendo após o nascimento prematuro, podem crescer de modo desarranjado, ocasionando a retinopatia.
Outro fator que pode ocasionar a doença é o uso irracional de oxigênio no berçário. As Unidades de Terapia Intensiva não podem abrir mão do uso do oxigênio para salvar vidas ou para não deixar seqüelas cerebrais, mas o nível de oxigênio usado pelos médicos é mais baixo do que antigamente, sem que isso cause dano ao bebê ou aumente a possibilidade de retinopatia.
A incidência dessa doença aumentou devido à tecnologia avançada da medicina que permite a sobrevida de bebês cada vez menores. Atinge meninos e meninas de maneira igual, um terço dos bebês com peso inferior a 1500 gramas e mais de 80% dos bebês com peso inferior a 1000 gramas.
Fique atenta, mamãe - O não encaminhamento precoce dos pediatras e a falta de preparo de alguns oftalmologistas para diagnosticar e tratar a retinopatia pode ser a causa de grande quantidade de crianças cegas. A retinopatia da prematuridade é uma das maiores causas de cegueira no Brasil.
A retinopatia que se encontra nos dois primeiros estágios regride espontaneamente. O primeiro exame deve ser realizado entre a quarta e sexta semana de vida do bebê e ser acompanhado até que os vasos se formem totalmente ou até a regressão total da doença.
Se a criança apresenta a doença no estágio 3 é necessário um tratamento com laser ou crioterapia, que paralisam a progressão da doença. A partir do quarto estágio uma cirurgia é recomendada, mas a probabilidade de baixa visão e cegueira é maior.
Os bebês que tiveram a regressão espontânea e mesmo os prematuros devem fazer acompanhamento anual ou aos retornos recomendados pelo oftalmologista, pois há riscos de outros problemas como estrabismo, diferenças de grau entre os olhos, necessitando muitas vezes de óculos.
Informe-se com o pediatra do seu bebê sobre a retinopatia da prematuridade e como diagnosticá-la precocemente.
Dicas
  • Mamãe, faça um bom pré-natal durante toda a gestação, assim poderá evitar um parto prematuro.
  • Tire todas as dúvidas que tenha com o médico, ele saberá melhor como suprimi-las.
  • A melhor forma de evitar seqüelas da retinopatia da prematuridade é a prevenção. Peça ao médico o exame da doença.
Bruno Rodrigues

segunda-feira, agosto 01, 2011

Quando a Prevalência do Direito não é Aplicada o mal se Impõe.


Olá, amigos!

Para salvaguardar familiares, estou omitindo nomes reais e localidade. 

Nasci prematuro. Após um período de seis meses de gestação, a bolsa onde estava alojado estourou. Foi uma correria, mamãe e papai nervosos, meus avós preocupados; conseguiram uma ambulância e lá fui eu, para uma cidade maior, com mais recursos. Eu era muito pequeno, do tamanho de uma caixa de sapatos, pesava um quilo e cem gramas. Não foi fácil ficar na incubadora para ganhar peso e acabar a minha formação, rezando para não ter nenhuma anormalidade. Foram dias de luta e mamãe sempre ao meu lado. Tive duas paradas cardíacas e meu pulmão precisou de auxílio para que eu respirasse. Ufa, foi uma luta duríssima para sobreviver. Entre os vários amigos e amigas que permaneceram ao meu lado e me ajudaram a sobreviver, um deles examinou meus olhos. Percebi que ficou nervoso, pois alguma coisa não estava bem. Deixou anotado no relatório, mas não fez nenhuma intervenção. Passados dois meses, ganhei peso, estava mais forte. Fui, então, transferido de volta para minha cidade, onde ficaria alguns dias em uma incubadora. Já em casa, mais gordinho, passado o susto, minha avó passou a ler o meu relatório. Fiquei muito contente porque sabia que eles iam descobrir sobre os meus olhos. Não deu outra: quando viram a anotação, foram ao posto de saúde e, de posse do relatório, pediram uma consulta urgente. A atendente marcou a consulta para dali a trinta dias, numa cidade distante. Pensei comigo, por que tanto tempo? E o artigo 227 da constituição, e o Estatuto da Criança e do Adolescente, onde ficam? Sou uma criança e devo ser atendido com mais rapidez, prioridade absoluta, ainda mais sendo prematuro. No dia marcado, fomos para a consulta. Estava frio na viagem. Chegamos ao tal Posto de Saúde, eu contente, esperando por ser atendido, mas vi mamãe aflita. Pensei em qual seria o motivo. Era uma adulta mulher falando alto: “mas como a senhora não trouxe a guia de encaminhamento para este exame? Não posso liberar o exame sem a guia!” Mamãe, nervosa, tentou argumentar que a funcionária que marcou o exame não lhe tinha dado o documento, que moravam há mais de noventa quilômetros, e o menino precisava ser atendido com urgência. Mandaria pelo correio. Eu fiquei nervoso também, e pensei em gritar sobre esse descaso: onde fica a prevalência do direito ao atendimento por eu ser um bebê? Um simples papel não poderia ser maior que o valor de um ser humano. Isso não podia estar acontecendo. Não houve jeito, voltamos. Passou mais um mês e retornamos àquele posto de saúde. Fomos atendidos pelo doutor de olhos: “vocês têm de correr, pois ele precisa urgente de tratamento, está com retinopatia por sua prematuridade”. Eu, que tanto lutei, estou prestes a perder a visão porque a burocracia foi mais importante que uma criança doente. Não é possível! Em nenhum momento vi prevalecer a prioridade absoluta, como prega o artigo 227 da Constituição. Depois de vai e volta, correram comigo até chegar a uma especialista. Resultado: estou perdendo a visão, com chances de recuperação se fizer exercícios de estimulação para o olho direito. Apesar de tudo, eu sou um vitorioso e não vou desanimar, por isso vou levar a sério os exercícios. Depois disto tudo, vocês sabem que não dá para calar. Tenho de abrir a minha voz para todo o Brasil; quantas crianças como eu têm seus direitos violentados, demonstrando o quanto a Constituição não é valorizada? Milhares de bebês são prejudicados porque alguém valoriza mais a burocracia do que nós bebês, crianças, jovens. Sem falar do tempo de espera. Quem pagará este prejuízo? Meu nome é Pedro, João, Silvio, Maria, Lourdes, Marina.... Eu preciso contar tudo que estou vivendo, o que passei, e o quanto meu futuro está comprometido. Mas, com a ajuda de meus pais que tanto amo, e de meus amigos, vamos vencer mais esta luta, porque eu sou um vitorioso; além disso, tem muita gente torcendo por mim!

Dê a sua opinião.

quarta-feira, julho 27, 2011

Professor Reforça a Importância do Brincar.

Olá amigos:
Veja esta nota sobre o direito de brincar:

A reunião do Fórum Paulista, dia 25 último, foi muito pertinente, uma vez que tratou de tema ligado  aos malefícios do trabalho infantil. Um pediatra , Dr. Roberto,da Unicamp, foi o palestrante. Afirmou que existem doenças laborais contraidas quando crianças que só vão se manifestar na fase adulta. Não tem como perceber, a não ser que se conheça a criança e tenha um diagnótico da sua real situação de trabalho. Dai a importância da escola, dos conselhos e agentes de saúde que podem ajudar neste diagnóstico. Doenças ligadas a pediatria que se manifestam na criança proveniente do trabalho infantil são diagnosticadas e tratadas sob ponto de vista médico. Depois, em sequência, agindo em rede, pode-se fazer um trabalho e retirá-la do trabalho. Enfatizou a relevância da fase do "brincar", que não pode jamais ser cortada, e que este momento é sem dúvida, para a criança, o seu maior direito. É nesta fase que ocorrem  as experiências mais importantes para desenvolver-se. Por exemplo, a "abstração" que vai desenvolver a capacidade de pensar, antever, calcular, criar, funções estas, diretamente ligadas ao seu sucesso na vida adulta.


 Momentos como este só colaboram para que possamos nos preparar para dar resposta aos que insistem na importância do trabalho infantil; empregadores que não respeitam a legislação!  Mas há o lado perverso deste país, dolorido, que não queremos ver, e que leva crianças ao trabalho; uma sociedade formada pelos "refugos" ,  como afirma o sociólogo Zygmunt Bauman; seres humanos que são obrigados a trocar o estudo de seus filhos pelo trabalho infantil; terrível isso!.  Para quem vive abaixo da linha da miséria, não existe coerência moral. Nesse inferno, a humanidade se desfaz,  criança se torna adulto! Não dá para fugir desta realidade, por isso não aumente a sua indignação. Pare, descanse, suspire, e encontre forças sem perder a esperança. Entenda que é neste  Brasil, caro leitor, onde a corrupção prospera e os direitos humanos são violados, que vamos fazer valer a nossa luta pela prevalência da criança. "Salvar" as nossas crianças é a nossa proposta de luta. Não há outra escolha! Viver é lutar, é assim que vamos vencer o mal.


Comente sobre o texto, meu amigo.

segunda-feira, julho 11, 2011

Conversar com o Povo é Preciso.

Olá amigos;
É bom exercer a militância.

Tenho agido nas ruas e shoppings. Me aproximo dass pessoas, peço licença, e digo duas frases : - Bom dia! Posso lhe entregar este cartão vermelho para o trabalho infantil?Temos quase cem mil crianças com idades de cinco a quinze anos trabalhando no Estado de São Paulo, perdendo o seu futuro. E somos o segundo Estado da Nação em número de crianças exploradas sexualmente. A afirmação assusta as pessoas e suas respostas são as mais variadas.Pegam o cartão e pedem mais para levar a outras pessoas. As respostas, sempre vem acompanhadas das palavras :-Que vergonha! Dona Beatriz foi categórica: -Não podemos ficar calados. Tudo por causa dessa vergonha nacional, a corrupção, da individualidade que impera, do afastamento do estado, da miséria, da prevalência do Ter sobre o Ser. Falta Espiritualidade, que não é o mesmo que religião. Meu Deus! Outro, fica assustado e diz que não existe uma política para jovens e adolescentes. A escola não cumpre seu papel. E enquanto tiver alguém organizando um turismo sexual , estas barbaridades vão continuar. Pode deixar mais, eu vou distribuir na minha banca de jornal. A mesma coisa o taxista: é preciso explicar como o senhor explica, aí fica mais claro e a revolta vem rápido.

A conclusão é que o que vale mesmo é a militância, chegar nas pessoas, conversar, ouvir, isso faz um bem para nós três: à criança, a quem entrega o cartão e a  quem o recebe. Pingando aqui e ali, com o cartão no bolso, temos milhares de oportunidades de ampliar nossa luta.

Vamos nesta, que é muito interessante e saudável, e causa uma sensação muito forte de auto estima.

Escreva um comentário

sexta-feira, julho 08, 2011

Conversando com Educadores sobre o Trabalho Infantil -1

Olá amigos:
Trabalhar com a infância é um grabde desafio.

Quando nós olhamos para todas aquelas crianças correndo no recreio, gritos ardidos, serelepes, o que vem a nossa cabeça é "são todas iguais". Essa concepção nós levamos para o nosso espaço de trabalho. Mais tarde, passamos a julgar nossas crianças, esta aqui, não sei não, vai ter dificuldade. Pronto, isso já basta para nosso estado mental começar a trabalhar e o resultado: aquela criança realmente não vai bem, avança pouco. Nosso pensamento nos conduz para a ação. Existe estudos sobre isso e as estatisticas provam. Não bastasse esse "problema" existe outro, muito importante, como nos explica a  mestre em educação da PUC, RJ, Sonia Kramer: "é sabído que os profissionais que trabalham na educação e no âmbito das politicas sociais voltadas à infância enfrentam imensos desafios: questões relativas á situação política e econômica e à pobreza das nossas populações, questões de natureza urbana social, problemas específicos de campo educacional que, cada vez mais, assumem proporcões graves e tem implicações sérias, exigindo respostas firmes e rápidas, nunca fáceis. Vivemos um paradoxo de possuir um conhecoimento sobre a infânia e de ter muita dificuldade de lidar com populações infantis  e juvenis"Tem razão a educadora. Mais do que nunca é preciso refletir sobre o que aprendemos nos nossos cursos e fazermos uma reflexão sobre esses paradoxos e sobre a infância.. Antes de pré-julgar é necessário planejar o trabalho na escola e na creche, para implementar o curriculo.

Para tal, são necessárias respostas,para algumas questões importantes e quem as faz é a educadora Kramer: "Como as pessoas percebem as crianças? Qual é o papel social da infância na sociedade atual? Que valor é atribuído à criança por pessoas na sociedade atual? Que valor é atribuído a criança por pessoas de diferentes culturas? Qual o significado de ser criança nas diferentes culturas? Como trabalhar com as crianças de maneira que sejam considerados seu contexto de origem, seu desenvolvimento, direito social de todos? Como assegurar que a educação cumpra seu papel social diantes da heterogeneidade das populações infantis e das contradições da sociedade". Agindo no coletivo encontraremos as respostas que irão direcionar o planejamento. Sem esta ação, tudo continua no mesmo. Só faremos aumentar o abismo social.

Vivemos numa sociedade desigual onde a criança tem pertencimento social. É preciso atentar para isso, com muito cuiado, meu caro professor. O assunto é muito sério, porque estamos falando de futuro e de escolhas.

"Imagens de pobreza de crianças e trabalho infantil, retratam uma situação em que o reino encantado da infância teria chegado ao fim",afirma Sonia Kramer. E eu pergunto: "será que o reino encantado não existe mais?"


De a sua opinião, é sempre legal compartilhar.

Obrigado!

domingo, junho 26, 2011

Venha Participar do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil

Olá amigos:
Estamos de volta depois deste feriado.

Vamos continuar a nossa luta pela Erradicação do Trabalho Infantil. Amanhã, dia 27, no MPT, São Paulo, Rua Cubatão, 322,teremos a nossa reunião do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do trabalho Infantil.
Haverá uma reflexão sobre ações de defesa do direito da criança, com o tema: o papel dos conselheiros tutelares na erradicação do trabalho infantil. Os palestrantes convidados são o Silvio de São Mateus e a Vera de São Bernardo. Será um momento para rever o nosso conhecimento e ampliá-lo.. O Fórum Paulista atua em todo Estado de São Paulo, através das Instituições que nele estão inseridas. Também existem Fóruns em algumas regiões do Estado. Nos municípios do Vale do Tietê e do Vale do Ribeira são bastante atuantes. Em Caraguatatuba e Itapeva, enfrentam dificuldades, por falta de lideranças. As ações do Fórum Paulista têm grande alcance.  Setenta mil cartazes de defesa do Trabalho Infantil foram distribuídos no mês de junho. Em defesa da Exploração Sexual da criança e adolescente mais cem mil cartazes e folders foram distribuídos, inclusive no exterior. Estas são algumas ações do Fórum Paulista, mas existem outras das quais iremos falando aos poucos. É importante deixá-lo mais forte ainda, para tal precisamos da sua participação.

 Vamos em frente nesta luta.  

quarta-feira, junho 22, 2011

Próximo a um Holocausto,será?

Olá amigos:

Continuando o que conversamos ontem.

O trabalho infantil, para os pais pobres, é a única saída. È nossa responsabilidade conscientizá-los dos malefícios para que não encaminhem seus filhos às piores formas de trabalho infantil. Nenhum pai, por pior que seja,  concordaria em tirar o futuro de seus filhos.  Seu Leôncio, homem forte de mão calejada, tossia muito.  Era neto de escravo, teve nove filhos. Morava no Bairro Encapoeirados, Apiaí, SP. Meu companheiro de luta pela libertação das comunidades pobres. Conversávamos muito sobre fé e política. Era líder da comunidade, em sua casa de pau a pique, chão batido, fogão a lenha, ar esfumaçado, me explicava: “Nove filhos, seu Paulo, eu preciso de braços para viver!” Alguns dos seus filhos estudaram até a terceira série. Causa: escola rural carente e multi-seriada. Mas foi um lutador, com bom senso crítico. Quando o bairro cresceu a escola melhorou,   e alguns dos filhos, os mais novos, avançaram no estudo.  Seu Leôncio viveu à margem da estrada por longo tempo, e sempre reclamava de uma dor no peito. Quando liderou o movimento na década de 70, alfabetizou-se. Seus filhos seguiram outros caminhos. Quando crescidos e preparados encaminharam-se para novos trabalhos, deixando para trás uma vida de perigo.

O Brasil está cheio de pessoas, que andam à margem da estrada, descalços, pisando pedras e espinhos, olhares furtivos. É o caminho da vida, estrada amarga, estreita, à beira de abismos, sem o sol da liberdade, às escuras sempre. Estrada que leva ao reino onde a tristeza mora, o futuro não existe, onde os frutos  não tem sabor. Ali a presença da morte é constante. Espera cada um deles. Morte que liberta e transmuda, transformando-as em um “Ser”. Nós também vivemos o holocausto, creio que ainda persiste. Se você aguçar os ouvidos e olhar diferente, escutará gritos e verá a dor. São milhares, milhões de pessoas, sequer percebidas pela humanidade daqueles que os rodeiam. Já foram dez milhões, e hoje, ainda, quase dois milhões e duzentos mil. Elas existem, são pacíficas, dóceis e bonitas, só não tem voz e vez. São crianças e adolescentes inocentes em situação de trabalho precoce. Sujeitas a todas formas de malefícios.

SALVEMOS AS NOSSA CRIANÇAS!

terça-feira, junho 21, 2011

Malefícios do Trabalho Infantil - Não é Preciso ver para Crer

Olá amigos:

É preciso aprofundar esta questão, creia nisso.
Lembro-me de uma foto em um  cartaz, que acompanha um belo trabalho do CENPEC, feito para OIT (Organização Internacional do Trabalho) destinado a professores e alunos. Ali aparecem dezenas de crianças operárias, sendo mostradas com orgulho por uma fábrica de tecido em Bangu, no Rio de Janeiro (século 19/20). Uma triste realidade que vem dos primórdios da civilização e que se tornou mais visível com o surgimento da Revolução Industrial, quando as crianças se tornaram operárias.   Mão-de-obra barata, que gerava maiores lucros, não importando os  malefícios físicos, psíquicos e morais, além dos óbitos.  Setenta mil crianças e adolescentes morreram no ano passado em todo o mundo. Milhares sofreram acidentes, queimaduras, ficaram deficientes e tiveram óbitos no Brasil.
Por isso reafirmo que se cada pai e mãe soubesse, de fato, os malefícios reais que o trabalho precoce produz, jamais os colocariam à disposição de amaldiçoados patrões. As mazelas proporcionadas pelo trabalho precoce que os acompanham a vida inteira, tosse constante, coração fraco, deformações ósseas, dores nas costas, desvios da coluna, atrofias, zumbidos nos ouvidos, anemias profundas, dificuldade para aprender, medo, aleijamentos e óbitos.  Ah, se eles soubessem que uma criança é um ser em formação, que se completa aos 21 anos, portanto, todo seu corpo não está preparado para enfrentar um trabalho precoce! A exigência ultrapassa seu limite. É um impacto muito grande
Atenção: quem enfrenta esta situação será, sem dúvida, uma pessoa medrosa, sem iniciativa, frustrada, como se não pudesse enfrentar o novo, alcançar o mercado de trabalho  quando adulto. Ah, se os pais soubessem que as crianças/ adolescentes têm apenas uma única oportunidade de crescimento e desenvolvimento e sofrem grande influência do meio!  Se este for hostil tal qual o trabalho precoce, já era, acabou, não tem mais chance.
Caro amigo, esta é certeza que fica! Vamos difundir estas verdades.

quinta-feira, junho 16, 2011

Agradecido por um Comentário sobre a Nossa Luta.

Olá Vera:
Obrigado por suas palavras.


Querido Professor Paulo,  eu agradeço a citação de meu nome em seu blog,  mas quero que saiba,  que o senhor é quem  deu sentido ao que li naquele livro "Crianças de Fibra",  quando o  li,  sofri amargamente,  mas em suas palavras de defesa,  encorajamento etc...,  encontrei o caminho da luta que transforma, lá no espaço do auditório da PUC,  lembra? Nunca me esqueço suas sábias e entendidas palavras penetrou em minha alma... e hoje estou aqui,  tentando seguir as marcas de suas pegadas,  caminho longo  e difícil,  mas frutífero de esperança...continuarei seguindo,  e a música,  será minha maior ferramenta...um dia ainda farei o trabalho que desejo em meu coração e eu só tenho a agradecê-lo, por tudo que tem feito,  o senhor é mais que um militante,  o senhor é a voz dessas crianças silenciadas pelo desrespeito, humilhação e vergonha é a voz delas, a voz do BASTA, a voz da necessidade de mudança e então, LUTAR...passa a ter sentido,continuar LUTANDO por um mundo sem tantas violências contra nossas crianças e adolescentes.
Eu,  como uma pessoa que trabalhei e já foi adolescente explorada, te agradeço pelo que tem feito e quero cada dia mais,  contribuir no fortalecimento dessa luta!!

Obrigada por tudo...sua existência vale muito mais, do que a de mil  exploradores juntos...
God bless for ever...

sábado, junho 11, 2011

Muita Emoção no Dia Mundial pela Erradicação do Trabalho Infantil, 9 de junho.

Olá amigos:
Cada pessoa coloca os seus dons à causa da proteção da criança e adolescentes.

Nossa manifestação foi bastante interessante. Nós, amontoados no hall de entrada da Secretaria Estadual da Educação, enquanto lá fora, caia uma impertinente chuva. Cheguei a pensar que, às vezes, até o tempo conspira contra a criança, e quase  estragou o que tinhamos pensado fazer; interagir com o povão na Praça da República, entregar o cartão vermelho. Enfim, mudamos de última hora e valeu a pena, Pudemos assistir à apresentação das crianças e ouvir as músicas da Vera, As crianças foram maravilhosas, um belo coral da LBV, que encantou a todos. Criança tem que ser tratada com respeito e alegria. Quando isso acontece, sentimos no coração o que elas nos passam.

Muitos amigos estavam lá, o Sergio (Senac), a Dra. Maria josé (MPT), a Lucimara e a Giselle da SEDS, a Marilda ( Bom Parto), o Alex (Condeca), Daniel (LBV), a Silvia (PM de Araraquara),Rose ( SEE), Marcia (CTB) e a aimga do SEC São Paulo, como é mesmo seu nome, pessoa meiga, lutadora, esqueci! e outras dezenas de conhecidos.

De tudo, não posso deixar de reverênciar a minha amiga, e cantora Vera. Que maravilha a sua música que homenageia a Jô de Azevedo e a Iolanda Huzack, autoras do livro "Crianças de Fibra", que, editado,deu inìcio à luta pelos direitos das crianças. O livro denunciou fotograficamente a real situação do trabalho infantil no Brasil na década de 90. Soou como uma Bomba. A partir daí, de  maneira mais organizada, governo e sociedade civil entraram na luta para combater este terrivel mal.O livro demonstrou o que estava acontecendo no Brasil com nossas crianças e mostrou a insanidade do problema. As crianças ganharam voz e vez a partir daí.

VERA  viveu cada foto do livro e fez uma composição maravilhosa. E,com a voz embargada,  cantou.  A cada palavra musicada nosso ser se transformava, suspiravamos fundo, e ouvíamos o sofrer daquelas crianças. Lembrei-me de muitas delas, despidas, sem sorrisos, olhares distantes, como perguntando por que? Todos que puderam ouvir a música estavam como eu, sentindo no âmago um sofrimento só. Foi demais. E eu pergunto: Onde estão esses heróis anônimos, que foram fotografados, e que tanto bem fizeram a uma futura geração de crianças que passaram a ter respeito. Quem sabe pais de família e com filhos formados e trabalhando!. Amigo, foi um momento inesquecivel. Nós crescemos e renovamos nossos votos de indignação. 

Obrigado, Vera pelo seu dom, pela sua voz e competência como compositora, fonte de renovação para continuarmos nesta luta.


Olá amigos, depois deste papo vamos seguir viagem..

"Criança só tem futuro se estiver na escola".

Comentem.  

terça-feira, junho 07, 2011

Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

Olá, amigos:
Dia 9 de junho vamos para a Praça da República, defender a infância.

O Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, defensor dos direitos da criança e adolescente, estará na Praça da República, centro, São Paulo,no dia 9 de junho, a partir das 12:30 horas, em frente à Secretaria  Estadual da Educação, promovendo uma manifestação pacífica de sensibilização e mobilização  para o fim do trabalho Infantil. Como combatente nesta causa, também estarei lá, lutando a favor da criança e do adolescente, neste dia mundial contra o trabalho Infantil . Como nos anos anteriores, este ano, o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil dará destaque ao seguinte tema:" Cuidado! Crianças em trabalhos Perigosos.  Fim ao Trabalho Infantil.
Esta é uma luta que pertence a todos os brasileiros que querem um Brasil com Justiça Social, sem  exploração, e aproveitando o momento, sem a corrupção, que rouba a infancia e não permite termos recursos para avançarmos e vencer esta pugna. Precisamos de pessoas honestas e solidárias como você, meu amigo, que  veja na criança a prevalência que merece por direito. Venha participar conosco desta luta!
Onde você estiver, comente com seus amigos os males que o trabalho infantil produz, debata, erga a voz, leve a discussão para seu trabaho, sala de aula, igreja, centro acadêmico. É isso aí amigo, leve a sua indignação e vamos nessa! 
Se não bastasse esse mal,  saiba que, 7 crianças morrem por dia no Brasil de diarréia, pela falta de saneamento básico.

Mas vamos à luta!Com você vamos vencer!
Comente.

Envie seu comentário!

sexta-feira, junho 03, 2011

Acorda Brasil e Salvemos Nossas Crianças da Exploração Sexual.

Olá amigos:
Precisamos nos unir ainda mais nesta luta...

Dia 18 de maio último foi a data nacional da campanha contra a exploração e tráfico de crianças e adolescentes no Brasil. Este problema gravíssimo acontece em várias regiões do Brasil. É terrível o mal que causa às crianças, no campo  moral, psíquico e social.  Somos o  segundo Estado, em número de crianças e adolescentes envolvidas nesta forma de  trabalho.  Vergonha para todos nós, Paulista!  E olhe que não faltam pessoas comprometidas para diminuir esta forma de trabalho infantil. Mas a verdade é uma só, é preciso uma força tarefa muito maior, que envolva vontade política, dos municípios, do Estado, da união e das organizações sociais.  Temos o Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do trabalho Infantil, que busca incessantemente transformar esta realidade. Mas a chaga é dolorida, ela mutila não só as crianças,mas todos nós que estamos envolvidos nesta causa.

Minha opinião é que quando se trata de exploração sexual é preciso agir diferente, de forma rápida e com eficiência, numa ação que envolva a família e a criança. A família tem de merecer uma atenção especial. Se a mãe for analfabeta vai ser escolarizada, se a renda per capita for baixa, deverá ser aumentada de imediato, o suficiente para retirá-la da miséria. Se o responsável pela criança não estiver empregado, vai ter que ser recolocado no mercado de trabalho, ou ser reembolsado a modo do salário desemprego. Se precisar de qualificação profissional, ato imediato será encaminhado para tal.  Será monitorada diariamente por agentes especiais de saúde e da área social. Não pode mais ser tratada simplesmente pelo modo bolsa família. Ela passa a ser especial, vista com um novo olhar.

À criança, ato imediato vai ser acolhida por um psicólogo, pela escola,  que vai investir naquela criança como um todo, a família será visitada pelos professores e terá o apoio da escola para ajudar aquela criança a se  superar nas suas dificuldades.Terá um atendimento privilegiado. Toda atenção para esta criança È o afastamento de retirada de um nefasto trabalho para uma verdadeira e justa proteção integral conforme o ECA e  o artigo 227 da Constituição Federal. 

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 A impressão que fica de tudo isto é que faltam jardineiros para cuidar desse magnífico jardim da infância. Sem eles, as pragas e animais humanos doentios, desvirtuam sua beleza e os impossibilitam crescer forte, com toda sua pureza e formosura. Não desprezemos a capacidade destas ervas daninhas, elas são difíceis de combater. Sempre existirá um obsessivo pela perversão e compulsão sexual por crianças. Neste caso, só a cadeia resolve.

Um abraço especial aos amigos de vanguarda!