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terça-feira, março 27, 2012

O Professor e a Importância da Educação Básica

Olá amigos professores:
Será possível ter um ensino básico de qualidade capaz de erradicar o trabalho infantil?

“Considerando que a eliminação efetiva das piores formas de trabalho infantil
requer uma ação imediata e abrangente que leve em conta a importância da
educação básica gratuita e a necessidade de liberar de todas essas formas de
trabalho as crianças afetadas e assegurar a sua reabilitação e sua inserção
social ao mesmo tempo em que são atendidas as necessidades de suas famílias”.

 Convenção 182 –Organização Internacional do Trabalho, sobre a proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação,ratificada pelo Brasil em 12 de setembro de 2000.


Existe uma distância enorme entre a intenção fundamentada em um decreto lei e a realidade que se impõem. Está muito claro que a eliminação efetiva das piores formas de trabalho infantil requer uma ação imediata e abrangente que leve em conta a importância da educação básica gratuita. Eu estou aqui pensando se sou eu o errado por achar que o Brasil ao ratificar a convenção 182 focaria sua política educacional nos objetivos do ensino básico (EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E ENSINO SECUNDÁRIO INFERIOR) para combater as piores formas de trabalho infantil. EU não tenho dúvida que o papel da educação é fundamental para eliminar tão terrível problema. Não que a escola fosse a salvação, mesmo porque não o é.. Se perguntarmos em qualquer escola pública como o tema é tratado em sala de aula, ouviremos um sonoro “não sabemos” ou “não faz parte do currículo” ou “não nos cabe ser assistente social”. Remeto-me a buscar entender no decreto a resposta ao que o governo e a convenção afirmam: a importância da educação básica. Entendo o significado dado mas admito não saber ao certo se o MEC, as Secretarias Municipais e Estaduais de educação buscam de fato através de ações concretas tornar viva a palavra importância, ou seja , aquela que realmente faz com que os alunos obtenham a literacia e a numeracia básicas, bem como conhecimentos elementares de ciências, geografia, história, matemática e outras ciências sociais.  Enfim que sejam alfabetizados  de fato e com qualidade. Para isso, o comprometimento é muito importante. O professor tem de estar centrado nos objetivos maiores. Há que dedicar-se ao mais pobres, conhecê-los melhor, entender as suas necessidades, tornarem-se amigos de fato, interessando-se pelas suas origens, lendo muito, estudando o entorno da escola, a sua comunidade, incentivando  o hábito do estudo. Dar importância ao ensino básico é saber que as mudanças sociais e as transformações acontecem nesse espaço. É preciso mudar a cultura e os mitos sobre a idéia do trabalho. Meu caro professor, o que é preciso fazer para que este decreto se transforme em realidade para milhares de brasileirinhos que querem ter  oportunidade de escolha com dignidade? Escreva-me caro professor, sobre suas dificuldades ou se você entendeu a situação e mudou seu método de aula, ou se deseja material de apoio.

Email – Lara .dante@uol.com.br
Disque denuncia – 0800 16 11 11

O desafio esta na possibilidade em compreender o significado da palvra importancia do ensino básico
na erradicação do trabalho infantil.  

segunda-feira, março 12, 2012

Pela Igualdade de Direitos das Mulheres


Olá amigos:
Pela promoção da igualdade de gêneros e autonomia das mulheres.
Somos um país de contrastes. Enchentes no Norte e seca no sul. Sexta economia do mundo pelo seu PIB  e 84º no ranking do Desenvolvimento Social. Nove brasileiros entre os trinta e seis mais ricos do mundo e 40 milhões de pobres. Salário maior para o homem e menor para a mulher na mesma função. E por ai vai. Em 2001 o Brasil acordou juntamente com outros 192 países da ONU as Metas de desenvolvimento do Milênio. Uma dessas metas era reduzir, até 2015, a pobreza extrema pela metade. Segundo relatório do Banco Mundial, o total de pobres caiu em todas as partes do mundo, da África à América Latina, da Ásia à Europa. Apesar disso, de conformidade com a ONU, 1,1 bilhão de habitantes do planeta vivem em extrema pobreza (US$ 1 por dia) e 800 milhões vão dormir sem a garantia de dispor de um prato de comida no dia seguinte.  Um horror que infelizmente atinge o Brasil, e nos coloca em 84º lugar no ranking do desenvolvimento humano demonstrando a quanto anda a nossa educação e a saúde. No Brasil, cerca de 40 milhões de pobres convivem a duras penas com outros abastados, onde o 1% mais rico tem a mesma renda que 50% da população. Por causa desta imensa brutalidade social as Nações Unidas propuseram, em 2001  o projeto  do Milênio, que estabeleceu oito metas a serem atingidas até 2015.  Não só na erradicação da extrema pobreza e da fome, mas como prioridade, medidas de valorização  e proteção da  mulher. Por que a mulher? Nos países subdesenvolvidos, as mulheres são responsáveis por 70% do trabalho que sustenta as famílias, colhem 80% dos alimentos e são provedoras quase exclusivas da assistência aos mais vulneráveis – crianças, doentes e idosos. Ademais, dados da OMS mostram que as taxas de filhos escolarizados são 40% maiores quando a mãe é alfabetizada, em contraposição ao pai alfabetizado. Comprovam também que para cada ano de escolarização da mãe a mortalidade infantil fica menor. Além disso, quando as despesas familiares são geradas e gerenciadas pela mulher e não pelo homem, os gastos para sustento dos filhos são 15 vezes menores. Contrastando com a relevância do seu papel nas sociedades mais pobres, as mulheres têm os seus direitos restringidos ou ignorados na maioria delas. Por isso, nos países subdesenvolvidos, 70% das pessoas iletradas são mulheres. Pais não enviam as filhas para a escola pelo receio  de que elas sejam violentadas por colegas e professores. Ademais, 530 mil mulheres morrem a cada ano por falta de assistência e por complicações relacionadas com a  maternidade. Outro dado que mostra a dimensão da violência imposta ás mulheres, foi apresentado por Ana Carolina Soares e Laís Lobão. Existem no mundo entre 100 milhões e 140 milhões de mulheres submetidas à amputação genital e, a cada ano, 3 milhões de meninas correm o risco de passar por esse mal.. Nenhum país será grande enquanto não eliminar as desigualdades de gênero. É urgente conceder às mulheres os mesmos direitos desfrutados pelos homens no mercado de trabalho, na política e que se priorize melhores condições de atendimento à maternidade, a saúde, e se puna com rigor aqueles que lhe cometem violências física, sexual e psicológica. É necessário que se conceda as mulheres o direito de participar das decisões maiores que afetam o seu destino. Mais do que isso, é necessário resgatar as pessoas que vivem na pobreza outorgando-lhes o direito mínino de uma vida com dignidade.  
Bibliografia – SROUGI MIGUEL – Mulheres e a superação da miséria – Folha de São Paulo –opinião A3 – 9 de março de 2012.

Disque Denúncia - 0800 16 11 11