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segunda-feira, março 12, 2012

Pela Igualdade de Direitos das Mulheres


Olá amigos:
Pela promoção da igualdade de gêneros e autonomia das mulheres.
Somos um país de contrastes. Enchentes no Norte e seca no sul. Sexta economia do mundo pelo seu PIB  e 84º no ranking do Desenvolvimento Social. Nove brasileiros entre os trinta e seis mais ricos do mundo e 40 milhões de pobres. Salário maior para o homem e menor para a mulher na mesma função. E por ai vai. Em 2001 o Brasil acordou juntamente com outros 192 países da ONU as Metas de desenvolvimento do Milênio. Uma dessas metas era reduzir, até 2015, a pobreza extrema pela metade. Segundo relatório do Banco Mundial, o total de pobres caiu em todas as partes do mundo, da África à América Latina, da Ásia à Europa. Apesar disso, de conformidade com a ONU, 1,1 bilhão de habitantes do planeta vivem em extrema pobreza (US$ 1 por dia) e 800 milhões vão dormir sem a garantia de dispor de um prato de comida no dia seguinte.  Um horror que infelizmente atinge o Brasil, e nos coloca em 84º lugar no ranking do desenvolvimento humano demonstrando a quanto anda a nossa educação e a saúde. No Brasil, cerca de 40 milhões de pobres convivem a duras penas com outros abastados, onde o 1% mais rico tem a mesma renda que 50% da população. Por causa desta imensa brutalidade social as Nações Unidas propuseram, em 2001  o projeto  do Milênio, que estabeleceu oito metas a serem atingidas até 2015.  Não só na erradicação da extrema pobreza e da fome, mas como prioridade, medidas de valorização  e proteção da  mulher. Por que a mulher? Nos países subdesenvolvidos, as mulheres são responsáveis por 70% do trabalho que sustenta as famílias, colhem 80% dos alimentos e são provedoras quase exclusivas da assistência aos mais vulneráveis – crianças, doentes e idosos. Ademais, dados da OMS mostram que as taxas de filhos escolarizados são 40% maiores quando a mãe é alfabetizada, em contraposição ao pai alfabetizado. Comprovam também que para cada ano de escolarização da mãe a mortalidade infantil fica menor. Além disso, quando as despesas familiares são geradas e gerenciadas pela mulher e não pelo homem, os gastos para sustento dos filhos são 15 vezes menores. Contrastando com a relevância do seu papel nas sociedades mais pobres, as mulheres têm os seus direitos restringidos ou ignorados na maioria delas. Por isso, nos países subdesenvolvidos, 70% das pessoas iletradas são mulheres. Pais não enviam as filhas para a escola pelo receio  de que elas sejam violentadas por colegas e professores. Ademais, 530 mil mulheres morrem a cada ano por falta de assistência e por complicações relacionadas com a  maternidade. Outro dado que mostra a dimensão da violência imposta ás mulheres, foi apresentado por Ana Carolina Soares e Laís Lobão. Existem no mundo entre 100 milhões e 140 milhões de mulheres submetidas à amputação genital e, a cada ano, 3 milhões de meninas correm o risco de passar por esse mal.. Nenhum país será grande enquanto não eliminar as desigualdades de gênero. É urgente conceder às mulheres os mesmos direitos desfrutados pelos homens no mercado de trabalho, na política e que se priorize melhores condições de atendimento à maternidade, a saúde, e se puna com rigor aqueles que lhe cometem violências física, sexual e psicológica. É necessário que se conceda as mulheres o direito de participar das decisões maiores que afetam o seu destino. Mais do que isso, é necessário resgatar as pessoas que vivem na pobreza outorgando-lhes o direito mínino de uma vida com dignidade.  
Bibliografia – SROUGI MIGUEL – Mulheres e a superação da miséria – Folha de São Paulo –opinião A3 – 9 de março de 2012.

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